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Revista Científica Digital da SBEM-SP


Nódulos: quando observação é a melhor conduta

Por Laura Sterian Ward , em TIREOIDE , dia 6 de dezembro de 2021 Tags:, ,

O caso abaixo é relatado pela Dra. Laura Sterian Ward (Unicamp) e ilustra bem a importância do trabalho em equipe, com citologistas e ultrassonografistas experientes em tireoide.

Paciente do sexo feminino, 28 anos, assintomática, médica residente da cirurgia. Em março de 2019, durante treinamento prático para ultrassom de tireoide, a paciente realizou uma demonstração em si própria, e o resultado mostrou um nódulo de tireoide medindo 10,3 por 6,4 por 17,1 mm.

Com dimensões grandes, o nódulo tinha aspecto ultrassonográfico preocupante: hipoecoico, com bordas borradas e com uma elastografia vermelha, portanto, um nódulo bastante suspeito e sugestivo de malignidade, conforme pode ser observado nas imagens abaixo.

US inicial março 2019

US com doppler – março 2019

A paciente foi então submetida a uma PAAF para citologia, mas, surpreendentemente, o diagnóstico foi de uma tireoidite subaguda. A citologia foi feita pela Dra. Icléia Siqueira Barreto, do Laboratório de Genética Molecular do Câncer (Gemoca) da Unicamp, que tem vasta experiência em tireoide. O caso também foi acompanhado pelo Dr. Higino Steck, cirurgião de cabeça e pescoço.

Conduta: seguimento com observação sem intervenção medicamentosa.

Em agosto de 2020, foi repetido o ultrassom, que mostrou uma tireoide normal, homogênea, sem nenhum nódulo, portanto, houve a regressão da tireoidite subaguda. A paciente se manteve assintomática e sempre com níveis hormonais normais. “Muitas vezes, na prática, a melhor forma de tratar problemas da tireoide é com a observação”, pontua Dra. Laura.

Elastografia – março 2019

Tireoide normal – 2020
Restitutio ad integrum da tireoidite

Dra. Laura Sterian Ward – clique para ver o CV Lattes

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