Friday, December 27, 2024
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15º COPEM: Highlights da Neuroendocrinologia

Por Marilia Bortolotto Felippe Trentin , em NEUROENDOCRINOLOGIA , dia 1 de junho de 2023 Tags:, , , , ,

Confira abaixo alguns destaques do 15º COPEM sobre neuroendocrinologia, pela ótica da. Marilia Bortolotto Felippe Trentin, diretora da SBEM-SP na gestão 2023-2024.

O Dr. Heraldo Mendes Garmes (Unicamp) discutiu a relação do hipopituitarismo com a síndrome metabólica. Ele apresentou dados que demonstram que a falta do GH desde a infância poderia modificar as características metabólicas dos tecidos relacionados ao metabolismo glicídico, induzindo efeitos sobre a sensibilidade insulínica que persistiam até a vida adulta. Nos pacientes com deficiência de GH desde a infância, há maior sensibilidade à insulina no clamp euglicêmico hiperinsulinêmico quando comparados àqueles com início da deficiência na vida adulta. E os mesmos pacientes, quando comparados a indivíduos sem déficit de GH, mantiveram maior sensibilidade à insulina apesar de maior massa gorda.

A Dra. Paula Lamparelli Elias (HCFMRP-USP) discutiu a proposta sugerida pela sociedade internacional para mudança de nomenclatura do ‘diabetes insipidus’ para ‘deficiência de arginina-vasopressina’ nos casos de etiologia central e ‘resistência à arginina-vasopressina’ quando a etiologia for nefrogênica. O intuito dessa nova nomenclatura é manter o foco na deficiência hormonal, evitando a confusão com o termo ‘diabetes mellitus’ tanto para os pacientes quanto para seus cuidadores.

Na conferência ministrada pela Dra. Mônica Gadelha (UFRJ), foram apresentados os principais fatores preditivos de resposta ao tratamento com os análogos de somatostatina de primeira geração na acromegalia. Atualmente, nos pacientes com doença persistente após a cirurgia, os análogos de somatostatina de primeira geração (octreotida e lanreotida) são recomendados para tratamento. Conhecer os fatores preditores de resposta pode guiar a decisão terapêutica de forma individual e precisa, buscando uma medicina de precisão com melhores resultados. Tumores densamente granulados, alta expressão AIP, hipointensidade em T2 na RM, alta expressão de SST2 e alta expressão de E-caderina em pacientes maiores de 40 anos de idade com menores níveis de IGF-1 e GH no diagnóstico são preditores de melhor resposta.

Na sessão que a Dra. Andrea Glezer (FMUSP- SP) discutiu os desafios no diagnóstico dos prolactinomas, um dos casos apresentados foi o de transtorno de impulsividade no paciente em uso de agonista dopaminérgico (cabergolina). Essa classe terapêutica tem sido relacionada com a possibilidade de desencadear transtorno de impulso alimentar, por compras ou sexual. Quando iniciar o tratamento, é importante ter atenção a esse possível efeito.

Por Dra. Marilia Bortolotto Felippe Trentin – clique para ver CV lattes

imagem: iStock

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